Nada além de algumas pequenas pesquisas realizadas ao longo de alguns anos. Nada além de ilusões. Nada de muito a declarar. Felipe Araújo é Jornalista, Historiador, Pesquisador e Professor. Para além disso, pouco mais. Um pouco de nada. Muito de um pouco.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
O negro não deve pedir licença ao branco para entrar
Meus caros amigos leitores (sei que talvez não tenha nenhum), peço que procurem filmes e biografias sobre Nelson Mandela, sobre Martin Luther King, sobre Zumbi dos Palmares e percebam que cada minúsculo direito conquistado pelos negros no Brasil, nos EUA e no mundo foi conquistado com muito, muito e muito sangue. Você que é branco, meu colega, pense na seguinte situação: imagine querer estudar em uma escola e morrer por isso, ver seus familiares, parentes, amigos morrerem para que, aos pouco, um consiga entrar na escola, pegar um ônibus, frequentar uma mísera praça. Meu velho, isso não é coisa do passado não, na África do Sul o apartheit acabou um dia desses.
Meu amigo, pense em você com sua videolocadora e o que pode se passar em sua cabeça ao entrar um negro. Camarada, porque você acha que pedem currículo com foto??? Para excluir os negros dos atendimentos comerciais e de tudo o que possa ser público. Porque as cotas assustam aos brancos??? A luta continua e ela não acentua o preconceito, o que vai acontecer é que o preconceituoso e o racista vão se manifestar ao verem os negros conquistarem seus lugares de direito e frequentarem os mesmos lugares dos demais agentes sociais. Não haverá mais racismo com os negros calgando altos postos, apenas ficará mais claro o racismo que já existe, acabará esse mito absurdo que foi criado no Brasil de que somos um país tolerante. Tolerante enquanto o negro é subalterno.
Salve Zumbi, salve os Black P. Stones, Salve os Black Stone Rangers, salve os Panteras Negras e suas boinas vermelhas! Quando o negro pediu licença para entrar, as portas foram fechadas. Quando entrou sem pedir foi preso, assassinado e torturado. A questão é de luta mesmo.
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